segunda-feira, 16 de junho de 2014

A Ética no Jornalismo

Por Valéria Vieira
Ética é uma palavra de origem grega, e significa aquilo que pertence ao caráter. A ética pode ser confundida com lei, embora que, com certa frequência a lei tem princípios éticos. Porém, nenhum indivíduo pode ser compelido pelo Estado ou por outros indivíduos a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas. Mas a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas pela ética.
Existem códigos de ética profissional, que indica como um indivíduo deve se comportar no âmbito da sua profissão. A ética jornalística brasileira discorre sobre o direito à informação por parte de quem lê, e a obrigação do jornalista em se comprometer com o seus leitores, e não ser pautado por interesses pessoais e ser utilizado como ferramenta por veículos ou empresas. O código toca no assunto da conduta profissional e de sua responsabilidade, fala sobre as relações do profissional com o seu meio. O advogado e professor de jornalismo Enzo de Lisita, diz que a “Ética é respeitar valores de conduta que não são somente legais, mas também aceitas pela sociedade. Por exemplo, a liberdade de imprensa (embora legal) não pode ultrapassar valores de uma sociedade quando trata  de forma incorreta as pessoas.”
Segundo o Ministério do Trabalho, a cartilha do jornalista tem as seguintes funções. Informar o público com responsabilidade. Na coleta de informações é preciso confrontar dados, fatos e versões, apurar e pesquisar. É preciso qualificar a informação recebida.

O código de ética do jornalista brasileiro vigora há 20 anos. Os debates para a sua atualização foram iniciados em 2004 e em 2006 no XXXII- Congresso Nacional da categoria deliberou-se que as alterações  seriam definidas em congresso extraordinário e especifico sobre o tema, precedido de consulta pública à sociedade. Vale registrar, ainda que o código da Ética dos Jornalistas Brasileiros não é  o único documento que reúne diretrizes para o exercício da profissão no país. Existe a Lei Nacional da Imprensa, em vigor desde 1967, e outra instituição de mídia também possui um código específico, como a Associação Brasileira de Representante de Veículos de Comunicação, que também redigiram textos específicos para orientar seus sócios no exercício da atividade midiática. Nesses casos, trata-se de códigos mistos, voltados para patrões e empregados mas principalmente para os primeiros, ao contrário do código de Ética jornalística, claramente formulado e voltado para a orientação dos jornalistas-funcionários.

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