Crispiano Filho
Sempre que uma nova mídia surge imagina-se que outra será
extinta e substituída pela recém chegada. A ameaça que o rádio passou com a
chegada da TV pode, de alguma ser estendida à todas as mídias – a internet, por
exemplo, por ser extremamente versátil engloba todos os outros meios de
comunicação, deixando a pergunta se algum deles pode ser aposentado frente a
tamanha versatilidade on-line.
Mas, de todas as mídias, o jornalismo impresso apresenta um
maior grau de risco visto que já é conhecido o pouco hábito de leitura dos
brasileiros. De acordo com a Pesquisa Brasileira de Mídia 2014, cerca de 75%
dos brasileiros não tem o hábito de ler jornais e 85% afirmaram não ler
revistas.
Para entender melhor os rumos que jornalismo impresso pode tomar, o Amor à Notícia ouviu a opinião de jornalistas e pessoas ligadas diretamente com a venda de jornais.
A jornalista Ludimila Coelho conversou com o Amor à Notícia ao apresentarmos as estatísticas anteriores sobre a média de leitura dos brasileiros perguntamos qual caminho o jornalismo impresso deve seguir para evitar o aumento dessa porcentagem que caso aconteça pode decretar o fim do impresso?
Ludimila Coelho |
Ludimila: Considero que o caminho certo é o que já vem acontecendo, grande parte dos jornais impressos para não dizer todos, vem se adequando a essa nova realidade na elaboração do jornal na versão on- line.
Amor à notícia: A internet vem de certo modo engolindo todas as outras mídias, online e possível ouvir rádio ver TV e acessar a versão digital de jornais e revistas. Como fazer do mundo virtual uma ferramenta e não uma ameaça?
Amor à Notícia: Quando uma nova tecnologia surge imaginasse a que outra será extinta, acreditava-se por exemplo que a TV poria fim ao rádio. Oque a mídia impressa de um modo geral possui de diferente que possa garantir sua existência?
Amor à Notícia: Você acredita na possibilidade das novas mídias extinguir o impresso, Citando como exemplo maior a internet?
Ludimila: Não, Pois, como aconteceu no caso do rádio, onde afirmaram que seria extinto por causa da chegada da TV, acredito que a internet é da mesma forma. A internet por mais interativa e eficaz que seja não substitui o jornal impresso, pois sempre haverá pessoas adeptas a mídia tradicional. E outro ponto que deve-se levar em consideração, é a questão do acesso à internet, mesmo com a facilidade que tem-se atualmente, boa parte da população não possui acesso internet se quer possuem sinal. O que acaba por tornar o jornal impresso a melhor forma de informação.
Ludimila: Não, Pois, como aconteceu no caso do rádio, onde afirmaram que seria extinto por causa da chegada da TV, acredito que a internet é da mesma forma. A internet por mais interativa e eficaz que seja não substitui o jornal impresso, pois sempre haverá pessoas adeptas a mídia tradicional. E outro ponto que deve-se levar em consideração, é a questão do acesso à internet, mesmo com a facilidade que tem-se atualmente, boa parte da população não possui acesso internet se quer possuem sinal. O que acaba por tornar o jornal impresso a melhor forma de informação.
Uma pesquisa realizada pela Secretaria de Comunicação Social
da Presidência da República (SECOM) publicado em março aponta que os
Brasileiros confiam mais no jornal impresso que na TV, Radio, internet e
revistas, 53% dos usuários do jornal impresso afirmam confiar sempre ou muitas
vezes nas notícias por eles vinculadas.
Leonardo Borges representante comercial de um importante jornal
Goiano informa que as vendas especificamente do jornal para o qual trabalha
permanecem se não com uma boa tiragem pelo menos se mantem.
“ Os leitores do nosso
jornal são muito tradicionais, por isso as vendas se mantem. Já as assinaturas
da edição online têm crescido, porem de forma moderada, umas das alegações para
não contratar a edição virtual segundo os clientes que não desejam o serviço e
o fato de encontrarem muita informação gratuita na internet”
Fomos ouvir então alguém que acompanha de perto a venda de
jornais e pode fazer uma previsão do futuro desse seguimento. O seu Luís dono de uma banca de revistas a
algumas décadas e comentou sobre os últimos anos de venda
da seguinte forma.
“Cada
vez vende menos, o pessoal só compra jornal por causa dos classificados, ou
quando quer montar quites de cozinha”. (Referência
a um tablóide Goiano que premia os leitores com kits de produtos normalmente
usados na cozinha).
Mesmo com baixas vendas e disputando
espaço como mídias mais dinâmicas a extinção do impresso não aparenta ser um
caminho a ser seguindo. A relação de confiança da população nestes veículos de
informação garante a sua existência. Certas adaptações são inevitáveis constantemente
feitas, mas nada que descaracterize esses veículos.
Para todos os efeitos fica o nosso voto
de vida longa ao jornal impresso as revistas jornalísticas e todos que
completam o seguimento.
Muito bom
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