quinta-feira, 15 de maio de 2014

Semana de Jornalismo e sua repercussão entre os alunos

 Por Crispiano Filho


“Futebol e Identidade Nacional”. Foi este o tema que o corpo docente do curso de Jornalismo da Fasam escolheu para sua última Semana de Jornalismo. Aproveitando que o mundial de futebol está prestes a acontecer no Brasil.
A conferência de abertura no dia 24 de abril contou com a presença do sociólogo mexicano Fernando Trejo e o tema abordado foi “A vida de Diego Armando Maradona a partir dos relatos do jornalismo argentino”. Já dia 25, houve debate sobre a Copa do Mundo, com vários profissionais especializados em jornalismo esportivo.
Para o encerramento houve a oficina sobre cobertura jornalística com a professora Núbia Simão, que ofereceu aos alunos a oportunidade de aprender um pouco sobre a rotina dos profissionais de jornalismo frente a um grande evento esportivo como a Copa do Mundo; além de discutir a influência desse esporte sobre a nossa e outras sociedades.
O “Amor à Notícia” ouviu alguns alunos sobre qual imagem e experiências ficaram de um evento como este, pois a Semana de Jornalismo e feita para nós, os alunos.

“A semana de jornalismo é a oportunidade dos alunos terem contato com profissionais que atuam no mercado. Dá aos alunos a experiência de trocarem informações. Tirar dúvidas e aumentar o conhecimento a respeito do mercado
de trabalho. Enfim é fundamental a participação dos alunos na semana de jornalismo”.
Rafael Arcanjo

“A melhor parte da Semana de Jornalismo foi a oficina com a professora Núbia Simão, que explicou detalhadamente o trabalho de um repórter de TV, e gentilmente se dispôs a corrigir as pautas produzidas pelos alunos”.
Heliel Barbosa

“A semana de jornalismo ocorrida na Fasam foi de tamanha importância para os alunos, pois o tema foi sobre futebol em pleno ano da copa no nosso país. O mundo inteiro está de olhos voltados para o Brasil, com isso as universidades não podem ficar de fora desse debate sobre o futebol, já que a população brasileira tem o futebol como uma identidade nacional. Daí a importância de se tratar um tema como esse na semana de jornalismo.”
Phamella Adriana Rodrigues

Futebol é uma paixão nacional, discutir esse tema tão próximo do mundial que acontecerá no Brasil trouxe para as salas de aulas um debate que é amplamente difundido nas ruas. Porém, sendo explorado pelos profissionais da comunicação que enxergam sempre além do esporte em si e repassam todos esses novos e diferentes pontos de vista a população.
Foi uma oportunidade de compreender melhor a importância do evento para o nosso segmento, a rotina dos jornalistas antes e durante o evento e o mais importante: analisar as mudanças que  esse esporte causa em uma sociedade.

Futebol e Identidade Nacional foi o tema da Semana de Jornalismo da FASAM

Por Flaviane Barbosa



Mais uma Semana do Jornalismo aconteceu do dia 24 até o dia 26 de abril na Faculdade Sul Americana-FASAM. O evento que ocorre uma vez a cada semestre teve como foco o jornalismo esportivo, com o tema “Futebol e a Identidade Nacional”.A abertura contou com a presença do sociólogo Fernando Trejo, que morou durante 20 anos na Argentina. Fernando ministrou a conferência sobre a vida de Diego Armando Maradona; mostrando a partir de uma visão sociológica a vida, ascensão e os momentos conflituosos da vida do craque argentino, além de trazer sua análise sobre como ele virou um ídolo em seu país tendo até uma igreja voltada para ele.

Mas quem pensa que o estudo foi apenas pela admiração que o sociólogo tem pelo jogador se engana. Quando perguntado sobre a ideia e os questionamentos que se pretende passar com o estudo, o sociólogo afirmou: “O estudo é uma crítica à alienação. O futebol é uma peste emocional e contamina a emoção do indivíduo. Seria muito melhor se um cientista ou um universitário fosse visto como um herói, mas o futebol é um produto muito rentável. Temos que produzir mais     críticas ao futebol e à indústria do futebol”.Trejo também compôs a mesa redonda do segundo dia da semana que contou com a presença dos jornalistas esportivos: Victor Hugo de Araújo, Vitor Andrade, Sérgio Lessa e Robson Macedo, o radialista Zé Roberto Silva, e o ex jogador Cléber Guerra.
A mediadora Fernanda Ribeiro comandou a mesa que discutiu diversos assuntos do futebol da atualidade de uma forma bem descontraída, além da participação dos estudantes com perguntas que gerou um produtivo debate. O encerramento da semana contou com uma oficina de Cobertura Jornalística, ministrada pela jornalista da TBC e economista Núbia Simão.
A coordenadora do curso de Jornalismo Jullena Normando avaliou o evento de forma positiva: “Essa realização deu um salto de qualidade tanto no quesito de palestrantes quanto na participação dos alunos durante o evento. Conseguimos chegar a um nível de excelência e discussão teórica que ainda não se tinha visto”. Jullena ressaltou a satisfação com relação à sua equipe de professores:O sucesso do evento ocorreu principalmente por causa do desempenho dos professores que foram em busca de convidados que fizeram um evento de alta qualidade mostrando que nossa instituição tem uma equipe de bons professores”.

Jornalismo e suas áreas de atuação

Por Crispiano Filho


Os jornalistas têm um vasto campo de atuação, inúmeras áreas onde estão legalmente habilitados a trabalhar. Profissionais do jornalismo devem dominar a linguagem jornalística nas diferentes mídias, pois podem atuar em diversos veículos de comunicação de massa e outros seguimentos.

Entre as opções disponíveis se destacam as assessorias de imprensa, comunicação integrada, comunicação empresarial e pessoal. Esse seguimento recebe atualmente grande parte dos profissionais em comunicação. As instituições governamentais e privadas vêm investindo cada vez mais em assessorias. Os profissionais podem atuar nas instituições realizando a comunicação interna, atendendo a imprensa e várias outras funções.  

A tecnologia se tornou uma grande aliada, e com ela constantemente novas áreas de atuação para os jornalistas são criadas. A internet difunde materiais jornalísticos em um ritmo cada vez mais crescente, e com isso os portais jornalísticos virtuais estão em plena expansão.

As mais formais e principais áreas de atuação do jornalista são: jornais, revistas, rádio, televisão, internet e comunicação corporativa. Todos esses segmentos oferecem diferentes funções que podem ser amplamente explorados. As inúmeras áreas disponíveis fazem do mercado de trabalho para os jornalistas um cenário empolgante. Salários e bonificações sofrem significativas variações dependendo de cada estado.

A importância do jornalista não pode ser medida por cifras em um contra cheque; bem como sua importância junto à sociedade não pode ser calculada. Uma população bem informada é fundamental para manter uma sociedade democrática e contribui essencialmente com o desenvolvimento do país. A alta no mercado de trabalho para esses profissionais reflete diretamente a situação democrática da nação. As oportunidades são muitas e novas estão surgindo continuamente. Ficar atento as novidades tecnológicas e mudanças no mercado é fundamental para uma boa colocação.

PERFIL DE JORNALISTA -TEO TAVEIRA, atual correspondente internacional da Rede Record

Por: Jéssica Alves

O quadro "Perfil Jornalista” traz um bate-papo especial com profissionais atuantes da vasta área do jornalismo que compartilham sua experiência, rotina, dificuldades e benefícios de sua carreira que, antes de qualquer coisa, é executada com amor à profissão. A entrevista que veio para inaugurar esse quadro fica por conta do grande jornalista Teo Taveira, atual correspondente internacional (Lisboa/Portugal) da Rede Record.
Teo Taveira, paulista de 27 anos foi repórter na Record Goiás e se destacou com a cobertura do acidente de Pedro, filho do cantor Leonardo; pouco depois foi convidado e escolhido para ser correspondente da emissora em Portugal na Europa, onde faria parte de uma seleta equipe de 10 representantes da emissora com nomes como Heloísa Vilela e André. Hoje, com pouco mais de 7 meses atuante no cargo, Teo se dispôs a contar um pouco sobre sua experiência, satisfação e as problemáticas que giram em torno de sua atual função como correspondente.

“EU NÃO ‘NASCI PRA SER JORNALISTA’, NÃO SOU PREDESTINADO, MAS LUTO TODOS OS DIAS PELO QUE EU QUERO”
Foto publicada nos arquivos pessoais do Teo Taveira (rede social)

Amor à Notícia: Para começar, gostaria de saber se você se imaginava hoje aos 27 anos trabalhando como correspondente internacional. Como foi ser contratado pela emissora onde você já possui uma trajetória sendo construída? Já havia sido algo (sonho) premeditado por você de alguma forma?
Teo: Sinceramente, nunca imaginei ser correspondente internacional, nem imaginava me tornar repórter de televisão. Minha ideia era trabalhar em algum impresso; olhava para os prédios do Estadão e da Folha e tinha arrepios. Isso mudou logo quando comecei um estágio na minha primeira redação de TV, em Campinas. Fiquei duas semanas lá dentro, até o diretor de jornalismo olhar pra mim e dizer: “Corta esse cabelo e tira esse brinco, amanhã você vai para externa. Acho que leva jeito pra coisa”. Foi há 6 anos.
A notícia de vir pra cá foi igualmente surpreendente. Estava em casa, dormindo, quando meu telefone toca. Era um dos diretores de jornalismo da Record Nacional, Thiago Contreira. - Oi, Teo. Como vai? Estamos com uma vaga em Lisboa, no lugar do Mauro Tagliaferri. Quer ir? “Temos planos de futuro pra você.” - Imagina? Aquilo, sim, foi arrepio.
Amor à Notícia: Quais foram os principais desafios desse cargo? Como foi sua adaptação à cultura? Você já tinha domínio da língua ou se tornou mais um desafio para você?
Teo: Quanto à língua, não houve problemas. O nosso português tem só algumas diferenças com o de Portugal, tudo é bastante compreensível. Falo inglês, que é fundamental pro cargo. Quanto à cultura, existem sim diferenças importantes entre os europeus e os brasileiros. Eles não respondem às demandas das redações com a mesma agilidade. Não existe pauta sem marcação. Eles não gostam de coisas “em cima da hora”. Depois que entendi esse timing, ficou tudo resolvido.
Amor à Notícia: Qual a importância de um estudante de jornalismo investir em outros idiomas?
Teo: Em poucas palavras: fundamental. Eu não estaria aqui se não falasse inglês. Não existe um âncora de um jornal nacional que não fale fluentemente, pelo menos, duas línguas – além, claro, do bom português.
Amor à Notícia: Como funciona a rotina de um correspondente internacional? Trabalho em dobro?
Teo: Em triplo, quádruplo! (risos) Em uma redação convencional, mesmo fora do eixo RJ-SP, existe uma estrutura bem maior, formada por estagiários, ronda, produtores, editores e repórteres. O trabalho é mesmo em equipe. Aqui, não. Tudo que é enviado ao Brasil depende exclusivamente do meu trabalho e do outro correspondente, o repórter cinematográfico Fábio Oliveira. Na correspondência, temos que fazer acontecer, porque a responsabilidade é só nossa.
Amor à Notícia: Qual a importância de interagir com a imprensa local do País?
Teo: Muito importante e motivador. As diferenças culturais ficam bem nítidas também na forma como eles trabalham. Isso é bem legal de perceber e a ajuda deles, em certos momentos, é importante demais. Eles são daqui, entendem melhor o mecanismo local, sabem onde e como procurar as coisas. Podem dar boas dicas. 

Se relacionar bem com colegas de trabalho, de qualquer veículo, em qualquer lugar, é muito importante e pode ser determinante entre o sucesso ou não do seu VT.
Amor à Notícia: Através da sua experiência no local, como você definiria a prática jornalística entre brasileiros e portugueses? Quais são as principais diferenças que você percebe?
Teo: A maior diferença é o tempo de resposta dos órgãos às solicitações das redações. Aqui tudo demora mais. Não só em Portugal, mas em toda a Europa. Outro ponto importante é que aqui não existe tanta exposição quanto no Brasil. Se alguém comete um crime, não vai ser exposto na TV antes do julgamento, como acontece aí. Até porque, claro, o índice de criminalidade é infinitamente menor.
Amor à Notícia: Quais os riscos que giram em torno desse trabalho em sua opinião como profissional da área?
Teo: Pra mim, o maior risco é errar, contar uma história diferente do real e me perder nas informações imprecisas e acabar prejudicando a vida de alguém. Esse é, pra mim, o maior cuidado que o repórter deve ter.
Amor à Notícia: Qual o seu sentimento como pessoa e repórter ao divulgar o último ocorrido (29/03) do jogo entre Espanyol e Barcelona que envolveu racismo contra os jogadores brasileiros Danilo Alves e Neymar no lance que deu origem ao gol de Messi?
Teo: Honestamente, não acredito que houve provas suficientes de racismo naquele fato específico. Tanto que a imprensa européia optou por não noticiar. Mas qualquer caso de discriminação me comove e revolta. Não consigo acreditar que, em pleno século 21, existam pessoas que se julguem melhores que outras por terem peles, crenças, ou condições sociais diferentes. Temos, como formadores de opinião, a missão perpétua de lutar contra isso.
Amor à Notícia: O tempo de trabalho corresponde ao tempo de aprendizado? Ou a carga de experiência para você vem antes do tempo?
Teo: Virei correspondente há sete meses. Sou novo para cargo, normalmente correspondentes são pessoas mais experientes, com mais tempo de vivência jornalística em seus países de origem. Não é meu caso, sou formado só ha seis anos. Mas, ao contrário de outras emissoras, a Record resolveu apostar em um novo perfil para os seus repórteres internacionais. Os diretores querem gente nova, mais comprometida e apta a acumular funções. Como eu disse -Aqui fazemos várias coisas ao mesmo tempo.
Amor à Notícia: Como fica o lado pessoal e familiar em meio aos contratempos da profissão? Tem como arrumar um tempinho para matar a saudade da família?
Teo: Essa é, disparada, a parte mais difícil. Para matar a saudade, só através do Skype, Facetime etc. Ir ao Brasil? Só nas férias. Mas dá pra receber visitas, e isso ajuda demais.
Amor à Notícia: Quais os benefícios dessa profissão que o incentiva a se manter nesse meio?
Teo: Tesão! É o maior benefício dessa profissão. Fazer algo que você ama não tem preço, é bom demais. Mas é muito sacrificante em vários momentos também, precisamos estar sempre prontos a abrir mão de muita coisa.
Amor à Notícia: Por quanto tempo você almeja vivenciar essa profissão? Você já visiona outros países além de Portugal?
Teo: O tempo como correspondente depende da vontade da minha empresa. Eu quero muito continuar fora do país enquanto achar que está sendo bom para minha carreira e para minha vida. Por enquanto, estou muito feliz com mais essa escolha.
Amor à Notícia: Vale a pena ser correspondente internacional?
Teo: Vale! As experiências profissionais e pessoais adquiridas fora do seu país natal são incríveis pra vida de qualquer um. Jornalista ou não.
Amor à Notícia: Para finalizar, gostaria que você deixasse uma mensagem para os alunos de jornalismo da Faculdade Sul-Americana (FASAM) entre outros alunos leitores do blog que têm o sonho de um dia se tornar correspondente internacional.
Teo: Costumo dizer que a distância entre nós, jornalistas de TV, e vocês, estudantes, está apenas em poucos anos de diploma e alguma experiência. Digo com toda sinceridade: não me acho diferente de vocês. Me lembro – e faz pouco tempo – de quando ia às aulas da faculdade (nem todas, claro) e sonhava em ser alguém no jornalismo. Não que eu já me ache “alguém”, mas pra conquistar o que conquistei até agora, a receita foi só dedicação. Não é um dom de Deus, tipo Neymar com a bola de futebol.
Eu não “nasci pra ser jornalista”, não sou predestinado, mas luto todos os dias pelo que eu quero. Na faculdade, procurei estágios, se o sindicato me proibia eu achava alguma redação que não respeitava as leis. Não importava. E não importa. Quero aprender, aprender e aprender, custe o que custar. E acho que vou querer o mesmo quando for um jornalista “veín”.
Nunca olhem pra alguém na TV e digam: “nunca vou chegar lá”. Se vocês fazem por onde, o “lá” pode simplesmente cair no colo, quando menos se espera.

Beijão, gente!


PS.: Saudade de Goiânia – não tem lugar na Europa melhor que essa terra no coração do Brasil.

Eu, repórter Jéssica Alves e toda equipe do Amor á Notícia agradecemos a disponibilidade e simpatia do jornalista Teo Taveira em responder com tamanha dedicação ao bate papo especial para o nosso blog, em meio a muita correria e muito amor à notícia. Estamos gratos pela sua colaboração.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

REPORTAGEM ESPECIAL. CAFÉ DE IDEIAS EDICÃO 2014 COM DEMÉTRIO MAGNOLI


Por Jéssica Alves. 


Público do Café de Ideias

O Café de Ideias, projeto idealizado pela coordenação de Nasr Chaul com a curadoria de Lisandro Nogueira, prestigia Goiânia com mais uma edição de muito conhecimento e alto conteúdo nas diversas áreas da comunicação social; neste ano nomes como Fernando Gabeira (jornalista), Jorge Forbes (psicanalista), Viviane Mosé (filósofa) e Demétrio Magnoli (geógrafo e sociólogo) compõem o cenário filosófico no Centro Cultural Oscar Niemeyer. A edição 2014 teve duração entre os dias 14 de março à 25 de abril.


A palestra de Demétrio Magnoli foi marcada e regada por muitos curiosos, fãs, estudantes e principalmente por muita chuva. O imprevisto chegou com muita força, granizo e vento forte, mas isso não abalou em nada a vontade das pessoas (que lotaram as duas partes do auditório) em prestigiar a palestra do sociólogo. Apesar de alguns atrasos devido à chuva e a locomoção até o auditório (auxiliada pelos guardas com seus grandes guarda-chuvas), Demétrio Magnoli logo começou seu discurso onde abordou o tema sobre “O Brasil, 20 anos depois do Plano Real”.

O conferencista Demétrio Magnoli
Demétrio Magnoli é autor de diversas obras como, O corpo da pátria (Unesp/Moderna), Uma gota de sangue (Contexto), Liberdade versus Igualdade (Record) e a Vida louca dos revolucionários (Leya). Além de sociólogo e doutor em Geografia Humana também integra o Grupo de análises da Conjuntura Internacional da USP, atualmente é também colunista dos jornais Folha de S. Paulo e O Globo.

Magnoli é conhecido pelo posicionamento contrário à política de cotas para negros e pelas críticas aos dois governos de Lula e o atual, de Dilma Rousseff. 



Crispiano (repórter do blog Amor à Notícia) assistindo a palestra

No desenrolar da grande questão política observou-se muitos olhos atentos e quietude animadora da platéia, um dos membros da equipe que compõe o blog não desgrudou os olhos da tela montada em outro espaço para capacitar o numero de pessoas presentes no evento.
Logo entende-se a interação e atenção da público quando dá ouvidos as primeiras verdades ditas logo em 30 minutos de palestra, tidas visivelmente como sendo as verdades que nós não paramos para observar. “O Brasil não concluiu a formação de uma burocracia pública profissional (até hoje), porque a faixa superior dessa burocracia pública profissional não foi criada porque as elites políticas não deixaram –E é por isso que o Brasil tem cerca de 40 a 50 mil (só federais) cargos livre de ação políticas, os cargos de livre nomeação política que são esses cargos eleitorais preenchidos por primos, amigos de doleiros e por aí afora substituem a camada superior da democracia pública profissional que não foi criada no Brasil”. O sociólogo dá ainda exemplos sobre números maiores como: “Uma cidade média com vontade de ser metrópole –Eu sugiro até que morem todo mundo junto na mesma cidade”. 

Folder de programação do Café de Ideias

Magnoli comenta ainda sobre a quase eleição da candidata Marina Silva, que outrora tentou criar um partido político e não pode, devido burocracia de reunir cerca de um milhão de assinaturas de determinado número estados, significando no entanto que a candidata não pode ter um partido político; Magnoli critica ainda: “Mas X,Y e Z que vocês não sabem quem são, podem criar partidos de uma sopa de letrinhas comprando votos e assinaturas; o que significa que nós não temos liberdade partidária, é falso o que nós temos no Brasil. Liberdade partidária é um negócio onde eu você ela e ele nos reunimos e falamos: queremos fazer um partido. Escrevemos um estatuto, apresentamos no cartório da esquina e pronto, esse é o partido. “Não temos liberdade partidária no Brasil porque os partidos políticos são estatizados”.


Eduardo aluno do colégio Expressão em entrevista ao blog


Ao final da palestra alunos do ensino médio do Colégio Expressão se dispuseram a transparecer sua experiência com a palestra de Magnoli, Eduardo (na foto) estudante do ensino médio, afirma que não conhecia o palestrante e ainda não havia lido nada sobre ele. O convite da palestra no entanto veio do seu professor, porém, afirma que o convite valeu muito a pena, pois o discurso da noite foi passado de forma “enxuta” em que outros sem muita experiência (como ele), venham a entender melhor e a se interessar mais pela nossa política brasileira.


O café de ideias recebe principalmente alunos de universidades e colégios de Goiânia, um de seus muitos benefícios se baseia do certificado de horas para esses alunos. Embora em outras edições o benefício tenha sido entregue normalmente, neste evento ninguém (equipe da produção) soube informar ao certo o porquê não estavam aceitando inscrições; hora diziam ter acabado, hora diziam não fornecer mais o serviço. Mas uma coisa é certa, há pilhas de certificados de horas encalhados com a equipe deste evento que oferece o documento tão importante para os universitários. Embora alguns alunos ainda não possuem tanta obrigatoriedade no certificado há uma importante falta de conscientização de uma parcela dessas pessoas que acabam por prejudicar projetos como estes no evento.


Livro em exposição na livraria UFG "História da Paz"

Demétrio Magnoli em parceria com a livraria UFG trouxe em exposição e venda mais um de suas obras do qual foi organizador, o livro Historia da Paz (Contexto), escrito por 15 autores. Demétrio afirma ser produtor direto de uma experiência anterior com o livro Histórias das Guerras, obra de grande sucesso, onde vários autores do livro observaram que se havia a história das guerras era necessário também produzir uma história da paz, ou seja, uma história dos grandes tratados que arquitetavam em cada época uma determinada ordem política internacional e entre os estados. O livro aborda os 15 grandes tratados desde a grande constituição da igreja na idade média até o tratado de Kyoto. Segundo o sociólogo a obra não é só para quem entende do assunto, mas também para todos os interessados na história da humanidade.


Demétrio Magnoli autografando livros
Ao final da palestra, Magnoli recebeu todas as pessoas interessadas em trocar palavras, entrevistas, receber autógrafos e fotos com muita boa vontade e disposição. Agradeceu o comparecimento e se mostrou satisfeito com a participação no Café de Ideias.



Para quem não pode ir a palestra e ficou com um gostinho de quero mais, ou para quem foi e gostaria de rever novamente a participação de Demétrio Magnoli ou de outros convidados, é só clicar no seguinte link e e assistir ao vídeo completo no próprio canal Oscar Niemeyer. 


DEMÉTRIO MAGNOLI NO CAFÉ DE IDEIAS 2014 NO OSCAR NIEMEYER.

Por Flaviane Barbosa.


"Liberdade versus Igualdade", "Uma gota de sangue" e "O corpo da pátria".

Demétrio Magnoli  no Café de Ideias Créditos: Jéssica Alves

Quem conhece o doutor em Geografia Humana Demétrio Magnoli sabe que esses são títulos de alguns de seus vários livros publicados até hoje. O que Demétrio pensa sobre as cotas raciais“Dizer que esse tipo de política é favorável aos pobres é uma patética tentativa de justificar uma política de raças. Se alguém quisesse fazer política para os pobres passava a fazer uma política de renda. Na verdade o Supremo eliminou o artigo 5º que dispõe sobre a igualdade dos cidadãos perante a Lei. Junto com isso foram eliminados outros artigos como aquele que dispõe sobre o acesso ao ensino superior que, de acordo com a Constituição, será feito através de mérito” , estas declarações foram dadas em entrevista ao Instituto Milenium. 
E é com a presença dele que o Café de ideias edição 2014 conta no próximo dia 10 de abril. O geógrafo e sociólogo que integra o grupo de análises da conjuntura internacional da USP e falará sobre o Brasil, 20 anos depois do plano Real. O evento acontece às 19:30 no Centro Cultura Oscar Niemeyer. 
Atualmente Demétrio atua como colunista dos jornais Folha de São Paulo e O Globo e comentarista de Política Internacional do jornal das Dez da Globo News.

Jornalista, conte sua História. Com Rodrigo Alves.




Todo jornalista tem uma rotina. O horário de entrada, o serviço a ser feito, horário previsto para saída etc. Mas isso não quer dizer que não haja reviravoltas e situações únicas que surpreendam o profissional. O Amoranotícia abre espaço para o jornalista Rodrigo Aves que trabalha como repórter na editoria de Cultura do jornal O Popular contar uma experiência ímpar que viveu durante a execução de seu trabalho.
Rodrigo Alves.

Por volta do ano de 2007 logo que iniciei a minha carreira de jornalista, fui escalado para cobrir um festival de teatro que acontecia no Município de Cavalcante no Nordeste do Estado de Goiás. 
Enquanto eu estava lá, fui avisado pela redação em Goiânia, que os moradores daquele lugar enfrentavam um tempo de grande seca em Cavalcante. Esse fato rendeu uma série de reportagens e foi surpreendente conversar com as pessoas que enfrentavam de perto as dificuldades da seca. Além desta grande surpresa, enquanto íamos em direção à Zona Rural daquele município, encontramos pessoas com a pele bem negra e ao observar isto, logo nos demos conta de que se tratava de moradores de uma comunidade de Kalungas, que são remanescentes dos quilombos, escravos fugidos e libertos das Minas de Ouro de Goiás que acabaram fazendo morada naquela região onde viveram durante muito tempo isolados da civilização. O contato com eles foi uma experiência muito gratificante e o encontro rendeu uma 3ª pauta para quem iria à Cavalcante apenas com o intuito de cobrir um festival de teatro logo no início da carreira. Estas são algumas das situações que a profissão de jornalista proporciona”.